Como prevenir quedas?
As quedas costumam estar mais presente em dois momentos da vida —quando aprendemos a caminhar e quando somos idosos. No início, estamos aprendendo a controlar nossos movimentos, experimentando. Já para quem ultrapassou os 60 anos, idade que é considerada, no Brasil, o divisor de águas para a popularmente chamada "terceira idade", as causas são outras.
Em 2020, estimava-se que havia uma queda para um em cada três indivíduos com mais de 65 anos e que um em 20 daqueles que sofreram uma queda sofram uma fratura ou necessitem de internação. Dentre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% cai a cada ano. Dos que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. Os dados são do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.
Contudo, especialistas afirmam que é possível evitar quadros de queda através da prevenção, de ferramentas que auxiliam a segurança do idoso e de alguns cuidados médicos periódicos.
O que faz cair?
Os idosos caem por vários motivos, mas os principais são a fraqueza da musculatura, a perda de sensibilidade por distúrbio neurológico —como consequência de doenças crônicas, por exemplo—, a diminuição da qualidade da visão e da audição ou até mesmo o efeito colateral de alguns remédios.
A queda é mais perigosa com o avanço da idade, se comparado a acidentes envolvendo pessoas jovens, pelo fato de acarretar maiores complicações. O idoso normalmente já tem alguma perda de massa óssea, o que facilita fraturas, por exemplo.
A queda para um idoso pode ocasionar quadros graves, como perda da funcionalidade, necessidade do uso de órteses, como bengala ou andador e, em casos extremos, deixar o paciente acamado e levar a quadros de tromboembolismo venoso, lesões por pressão (as chamadas "escaras"), infecções e até a morte. Existe ainda o lado emocional: após quedas, o idoso tende a se isolar socialmente.
Para evitar quedas em casa, a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, do Ministério da Saúde, lista 11 medidas de prevenção:
Evitar tapetes soltos;
Escadas e corredores devem ter corrimão nos dois lados;
Usar sapatos fechados com solado de borracha;
Colocar tapete antiderrapante no banheiro;
Evitar andar em áreas com piso úmido;
Evitar encerar a casa;
Evitar móveis e objetos espalhados pela casa;
Deixar uma luz acesa à noite, para o caso de precisar se levantar;
Esperar que o ônibus pare completamente para você subir ou descer;
Utilizar sempre a faixa de pedestre;
Se necessário, usar bengalas, muletas ou outros instrumentos de apoio.
Fontes: uol.com.br e Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia